quinta-feira, dezembro 09, 2004

Natal momentaneamente feliz...



Embrulha-me no teu húmido cobertor meu querido Pai Natal, Agarra-me com todas as tuas forças e nunca me deixes a chorar sozinho. Sei o quanto já te dedicaste a minha causa meu amigo, sei quantas crianças deixaste com um longo sorriso aberto. Eu mero espectador da tua intima alegria natalícia só desejo um Berlinde de Cristal...Daqueles Berlindes que servem como uma pequena bola de Cristal cheia de desejos irreais de meninos tristonhos com eu. Sabes meu pai natal quanto eu esperei por este momento? Cheguei quase a desmaiar com tamanha satisfação interior.
Senti sempre que és tu que dominas aquela fé que embala os homens para um mundo cada vez melhor, Até o meu companheiro espantalho que afugenta aqueles pássaros negros, se libertou daquelas amarras e fugiu para bem perto de ti meu amigo.
Custa-me ver-te cansado e sedento de uma boa dose de imortalidade, Pai Natal podes vir para a minha humilde casinha porque lá serás sempre tratado com carinho e ternura imensa.
Bem sei que o xaile da minha mãe aguentara mais um improvisado hospede porque a força com quem ela combate a sua luta contra a morte não a deixa sequer sonhar de olhos abertos. Pai Natal nunca vires a cara a este pequena hospitalidade que te ofereço de coração aberto.Muitas são as vezes que te apontam o dedo por seres mais uma daquelas historias de embalar recém-nascidos, mas deixa-los viver á conta daquela suposta irrealidade, pois sei que para mim serás sempre uma doce recordação cheia de desejos e esperanças dirigidas ao nosso pequeno universo. Obrigado por me fazeres momentaneamente feliz...Neste Natal.

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