Acordei com uma sensação estranha de pesar, Sinto que sempre que passo a cara por agua fria vinda directamente da torneira sou um homem novo e notoriamente rejuvenescido.
Talvez seja o peso destas borbulhas encardidas e negras duma qualquer guloseima a qual não soube caber em minha tentação. Guloso por natureza eu sou e isso é um dos prazeres que guardo na minha vida. Estes pequenos prazeres a que um ser humano ainda vai tendo direito são de facto momentos que se devem guardar para sempre. Talvez no futuro fiquemos superficialmente contentes só com um gole de uma mísero vinho.
Aceitei ser como sou e não me preocupo tanto com a formosura ou a postura como outras pessoas o demonstram. Sonho que posso ingerir os alimentos que quero sem pensar na minha saúde, somente sonho porque sei que os alguns sonhos são difíceis de concretizar.
Aceito imperialmente que existem pessoas demasiadas preocupadas com a própria imagem que deixam transparecer, apesar disso acredito que nem sempre isso é um bem tão importante que devemos conservar como um modo de vida.
Nesta quadra natalícia em que todos nós temos um afecto especial pelo próximo, devemos também não olhar a meios nos restantes dias do ano para que nada falta a nossa gulosa boca. Comam o que lhes apetece e o que acham que deve fazer mal.
Essencialmente vivam e comam por prazer.
2 comentários:
Levarei em conta estas palavras... eh eh.
Beijos. Lara.
A casinha de Brescos está vazia neste Natal, pelo que podes aproveitar para ir para lá mais a lover. É só vires buscar as chaves.
Não te consegui telefonar, liguei-te para o tlm mas não estavas online.
Para a semana encontramo-nos? Fixe, ok pá!
Beijos de um pai vaidoso!
Carlos
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