segunda-feira, setembro 13, 2004

Fogueira da Amizade


Nesta Lua cheia relembrada em meu horizonte, descubro a impotência do ser humano em ser honesto consigo próprio. Numa roda de amigos ao luar, tudo é permitido...os sonhos, os pensamentos alternativos, as bebedeiras ou as confissões sexuais que não têm limite. Não existe limites para uma amizade honesta e saudável, sem rodeios nem interesses. Numa dessas incursões pela fogueira da amizade deparei que tudo se fazia como antigamente, que uma imperial paga é um berlinde emprestado ou que um cigarro pedido equivale historicamente a um pião dado. Os anos vão passando por esta fogueira que não se vai apagando nem com poeira esbranquiçada, nem com agua...este grandioso lume terá sempre margem de manobra no nosso pequeno circulo de amigos. Camaradagem (essa palavra que se aprende no Serviço militar obrigatório, mas que na pratica fazemos uso dela muito mais cedo na vida) é respeitada pelos valentes e corajosos defensores da amizade entre iguais. Iguais de coração e parecidos entre personalidades. Muitas vezes são os próprios amigos os primeiros a dar-nos a mão quando a nossa vida pessoal é atropelada ou quando algo não corre bem profissionalmente no nosso pequeno inferno. Pouca importa a raça, a cor da pele ou a conduta sexual...o que importa é que "Friends will be Friends right to the end"...

2 comentários:

Gabriel disse...

Por outras palavras: Blood on Blood "Brothers" till the end!

Anónimo disse...

e o que dizer mais?
Mais rigorosamente nada!
Bem escrito, bem dito, e como diria amigo que é amigo: continua que o futuro é de quem escreve com a alma.
obrigado, Carlos.

abraços

Rui F Santos
acausa@runbox.com