terça-feira, setembro 28, 2004

Doce Joana...



...Inesperadamente encontrei a pequena e doce Joana a brincar junto aquela ribeira, Questionei-a sobre o que fazia ali. Ela somente sorriu e apontou para o Céu. Neste Céu azul e estonteante em que me encontro a Joana não guarda boas recordações da bola de Guerra chamada Terra, aquela bola que a nossa humanidade construi-o com violência e horror. Felizmente o seu olhar já não espelha infelicidade, nem tristeza...Essa tristeza literalmente desapareceu juntamente com o seu espirito maltratado e abusado. Monstros Humanos fizeram mal a “minha” Joana, fizeram com que ela perde-se quase tudo nesta vida. Perdeu a alegria de ser uma menina igual a tantas as outras, perdeu o simples movimento dum balançar de qualquer baloiço, perdeu a destreza e coragem de libertar uma lagrima ao ver um filme infantil, enfim perdeu a sensibilidade de se sentir feliz naquela outra vida. Pego na mão frigida e suave de Joana e levou-a a dar um passeio junto aquela brisa matinal, ela explica-me como é possível ser feliz neste sétimo céu, afirma sorridente que brinca com aqueles peixes saltitantes horas e horas a fio.Fico com meus olhos em lagrimas, pois sinto a felicidade nas suas palavras.Entretanto aproxima-se um nevoeiro intenso, Eu e Joana continuamos a caminhar até encontrar uma simples boneca enterrada na Areia, afinal era esta a boneca que ela refere ter perdido de vista quando chegou a este pequeno paraíso. Este nevoeiro que interrompe cada momento da nossa conversa já não nos deixa continuar esta caminhada feita de carinho e compreensão, sinto Joana fugir entre meus dedos e não me preocupo porque sei que a Joana onde quer que esteja, está num lugar muito mais ternurento e compreensivo do que aquele que “nós” monstros humanos lhe podemos oferecer...

5 comentários:

ruxa disse...

Que seja mesmo assim a "vida" da Joana daqui para a frente. Será, com certeza, muito mais Feliz, muito mais Menina, muito mais Criança do que foi aqui, nesta Selva Humana onde o tão famigerado Deus fez o (des)favor de a colocar.
Só tu conseguirias dar um final Feliz assim a uma história tão triste. Obrigado por, de certa forma, me fazeres acreditar que as Joanas que sofreram assim poderão estar Felizes num qualquer outro lugar.

trigolimpofarinh@mparo disse...

(ao Post)

Este post-it (não amarelo mas infelizmente demasiadamente vermelho) deveria estar, se não está, no “mural” dos mesmos.
O que se lê aqui está digno de um mupi (ou outro meio de impacto às massas) para que todos os seres humanos o pudessem ler e começassem a pensar condignamente, evitando que cenas iguais ou semelhantes voltassem a repetir. Sei que isto é difícil mas já era um magnífico início que travasse um (este) triste fim.

(ao Carlos)

Continua… nunca pares! Um dia vou te ver (as tuas palavras) num mupi mas, espero e para nosso bem, por outras razões.

(À Joana)

Desculpa os seres humanos… nem todos são como os que conheceste na tua (curtíssima) vida.

(À humanidade)

Porra… porquê merdas destas???

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

o que dizer?
silêncio....

Rui

Anónimo disse...
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