sexta-feira, julho 01, 2005

Num Futuro Próximo


...Afinal subestimei mesmo o Hernandez o meu andróide favorito, aquele que me serve o jantar pacientemente enquanto observo mais um jogo de futebol futurista. A minha ex. mulher já teria perdido a paciência (como perdeu) com tanto sinal de indiferença. Julguei que tinha sido enganado por um mero lojista chinês sedento de mais uns meros trocados quando o adquiri.
Quando entrei na loja e ele me cumprimentou com um olhar terno e insuspeito de qualquer vigarice notei logo que podia confiar nele. Acordo e estamos em 2025, e neste momento tudo gira a volta do sol...Dum Sol em forma de vida.
A actualidade resume-se a um sol que só ocupa duas horas do nosso precioso dia, em sinal de egoísmo puro propagamos tamanha poluição que até a mais doce das nossas estrelas nos vai ficando infiel. Cada minuto deste sol pode ser comprado com um animal bem constituido ou trocado por sementes de qualquer fruto. Mantenho a opinião que se nos voltarmos a juntar como seres humanos talvez consigamos dar a volta a este mundo surreal.
Saio para a rua escorregando por um tubo enorme, acciono o dispositivo de deslocação e encho de malas e barragens a minha pequena mas capaz nave terrestre.
Sinto que este é o momento exacto para viajar e para voltar a conhecer campos de relva fresca por esse mundo fora, rapidamente esta decisão de aventura me invade a alma.
Hernandez o meu fiel andróide (e companheiro nesta viagem) vai averiguando que tudo na nave esta conforme os dispositivos de segurança actualmente em vigor. Inocentemente o crepúsculo invade os nossos olhos e é um momento de puro êxtase, os humanos param tudo para o observar independente do que estão a fazer. Essa realidade que actualmente vivemos transforma-nos em autênticos filhos do sol visto quando nos penitenciamo-nos perante ele.
Já dentro das ilhas britânicas respiro ainda o ar puro do mar salgado, acariciado por um vento feroz capaz de fazer levantar o troféu da maior tempestade este Inverno.
Mas a natureza é mesmo assim, capaz de limpar-nos qualquer lágrima de tristeza quando nos sentimos inúteis, ou trazendo-nos um olhar soalheiro quando precisamos dum calor fraterno.

3 comentários:

Anónimo disse...

Em 7 do 7 de 2005, o que somados faz 777, isto é, 666 que é o número da Grande Besta + 111, o que contraria a vontade de Deus se este existisse ou fosse coisa tão medíocre e tão injusta que fizesse estilhaçar crianças em lugar de ditadores, ficámos sem saber do nosso querido ente dos mais próximos e afins, de nome Vladimiro Martins, teu irmão e meu filho.
Ele que havia acordado mais tarde nesse dia, que não tinha apanhado o metro que o levaria aos lugares onde a Islâmica Fascista tinha ajoelhado para rezar no centro de Londres e ao rezar assim de cu para o ar, feito derramar o sangue de inocentes, como gosta sempre de fazer (já lhe está na fé como sucedia antes com a Inquisição Católica quando queimava Giordano Bruno e outros que como ele punham em causa os Preceitos da Fé Católica). Filhos da Puta Islâmicos e Católicos, sois todos a mesma merda! Com séculos de distância, o sangue de inocentes vos une mas nós estaremos atentos e derrotar-vos-emos como fizemos com os Nazis!
Bem hajas Vladimiro e tu meu irmão Carlos, ergo as mãos ao alto como Sitting Bull. E a mensagem passará de tribo em tribo.
Beija-te
Carlos, pai e sobretudo irmão do Espírito

Anónimo disse...

Já percebi de quem herdaste toda a sensibilidade e o dom da escrita, porque só seres humanos bonitos por dentro podem expressar-se assim...

Bjs

xein disse...

Depois de tal comentário, resigno-me ao silêncio...


Sente-te...