quarta-feira, setembro 06, 2006

Desilusão Religiosa

Aviso importante: Todos os textos aqui escritos foram da autoria de Carlos Martins qualquer cópia directa ou indirecta é favor comunicar ao Autor.Obrigado.






Desejei conhecer Deus, essa criatura tão poderosa em nossos dias. Pedir-lhe uma explicação daquilo que passa impune no nosso Mundo. Ele então chegou sem avisar, vinha de longe…tão longe que os pés estavam manchados de sangue pisado. Senti-o mais perto de mim quando a luminosidade que trazia sob ele se transformou em Sol madrugador de Inverno. Não era o deus tradicional de cabelo comprido e capa branca, trazia meio peito tatuado de feridas, fingia-se cego e travesso acolhedor das nossas gentes.
Lamentava-se que não podia agir em conformidade com as regras saudáveis da convivência, sentia-se incapaz de lutar em tantas frentes de guerra e contra tanta miséria.
Pediu me compressão e compaixão nas palavras que por vezes liberto para os céus em jeito de revolta contra o mundo do egoísmo e arrogância. Nunca tive tempo para o perdão e para a desculpa, senti-me perdido num mar de lamentações constantes a que somos sujeitos por fanáticos cristãos, vulgos escravos duma religião podre de tanto palrar. Virei-lhe as costas para me proteger das suas palavras ilusórias, a ilusão faz parte da demência da pessoa que esconde factos, assim que se aproximou de mim senti um cheiro tremendo a mentira e a deslealdade. Quem julga partilhar toda a sabedoria é ele, é a ele que lhe apregoam as beatas famintas de pregoes e de maldade, é a ele que se perdoa tudo mesmo que para isso se martiriza mais almas inocentes. Não aceito que se maltratem crianças e animais para que tenhamos mais um bocado de terra para cultivar armas de guerra, se ele não pode fazer nada para que serve então…?
Serve para o acolhermos em nossa casa quando alguém desfalece…
Serve como objecto decorativo duma simples parede…
Serve para o pendurarmos ao pescoço para nos dar um sorte que nunca chega…
Julgo saber que uma tal de madalena teve um caso amoroso com ele, logo desmentido pela própria religião mais podre, se ele não é humano então como pode ele amar alguém…realmente pensando bem esse senhor não é capaz de amar, porque se fosse capaz mesmo de amar não nos deixava montar a nossa “guerrilha” de interesses diários. O amor vem da própria alma, é ingénuo e parece tímido quando alguém lhe pergunta “porque chegaste?”…

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei e compreendo este ponto de vista.
Mas penso que ao referires-te a Deus querias referir-te a Jesus. É ele que está na imagem e foi ele quem teve um caso com Maria Madalena.